“Enfermeiras infecciosas”? Espanha a braços com polémica que envolve o diretor-geral da Saúde
A polémica começou na sexta-feira, quando foi divulgada uma entrevista on-line com Simón que, como uma figura do combate à pandemia de covid-19, dirige-se aos espanhóis todas as semanas em coletivas de imprensa transmitidas pela televisão.
Diante de uma pergunta sobre se gostava “das doenças infecciosas, ou das enfermeiras infecciosas”, Simón respondeu entre risadas: “Não perguntei se eram infecciosas, ou não, isso você via alguns dias depois”.
O Conselho Geral de Enfermagem, representante do sindicato na Espanha, condenou “o momento de desinibição machista e retrógrado” de Simón e seu tom “sexista e primitivo”.
“As enfermeiras levam décadas lutando para se desfazer de todas as imagens e estereótipos machistas” e “é intolerável que uma pessoa com a responsabilidade que ostenta Simón em seu cargo se permita difamar” a profissão em plena pandemia, disse o comunicado da organização, que exigiu um pedido de desculpas.
Os comentários também foram classificados como “sexistas e vergonhosos” pela oposição de direita do Partido Popular (PP), que os denunciou ao Ministério da Igualdade.
E, nesta terça-feira, a vice-presidente do governo, Carmen Calvo, considerou em uma entrevista à rádio Cadena Sur que Simón deve pedir desculpas “a título individual e como cidadão e homem” por um comentário “muito inadequado” que reafirma “estereótipos que não ajudam em nada na igualdade e respeito às mulheres”.
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