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Espanha, Reino Unido, Alemanha e Holanda recrutam enfermeiros em Portugal

Espanha, Reino Unido, Alemanha e Holanda querem enfermeiros portugueses. A pandemia e a necessidade de reforçar a assistência em hospitais e em lares estão a intensificar os pedidos de recrutamento, garante a Ordem dos Enfermeiros. Mais de quatro mil profissionais emigraram em 2019.

A Ordem dos Enfermeiros está preocupada com a saída de profissionais de saúde de Portugal para o estrangeiro e apela ao Governo para que crie “mecanismos de fixação”. A segunda vaga da pandemia na Europa está a intensificar os pedidos de recrutamento de enfermeiros lusos, nomeadamente para exercerem funções em hospitais e em lares.

“A Ordem dos Enfermeiros está a ser confrontada diariamente, com insistência particular nas últimas duas semanas, com pedidos de recrutamento de enfermeiros portugueses por parte de vários países europeus que estão a oferecer contratos anuais, transporte e alojamento gratuitos. Só de Espanha houve cinco contactos nos últimos dias, desde a Galiza às Canárias, com ofertas de 30 mil euros brutos anuais. Já a Holanda está a oferecer, além das melhores condições remuneratórias, casa, transporte e curso da língua” holandesa, adverte a Ordem dos Enfermeiros, lembrando que, tal como sucedeu na primeira vaga da pandemia, volta a intensificar-se agora a procura por profissionais de saúde.

Portugal, entende a bastonária Ana Rita Cavaco, pouco tem feito para fixar os enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde. Acresce à oferta de contratos precários de quatro meses, a inexistência de incentivos, de subsídios de risco ou penosidade e da melhoria das condições remuneratórias. “Não podemos continuar a comprar ventiladores e a exportar enfermeiros”, denuncia a bastonária em comunicado, certa de que é indispensável rever a forma de contratação e as condições laborais dos enfermeiros, assim como criar mecanismos para o retorno daqueles que emigraram.

Aliás, 2019 foi o ano recorde para a emigração de enfermeiros nesta década. “Mais de quatro mil solicitaram a declaração para efeitos de emigração, um número recorde que triplicou em relação a 2017 e que representa um aumento de 64% face a 2018, sendo que, neste momento, há quase 20 mil enfermeiros no estrangeiro”.

A Ordem dos Enfermeiros emitiu 4506 declarações para emigração em 2019. Entre os principais destinos estão Inglaterra, Espanha e Suíça. Um aumento exponencial em relação aos anos anteriores que não se verificava desde 2011. De 2010 para 2011, a emissão de declarações para emigração subiu de 179 para 1775. Nos quatro anos seguintes, o número de enfermeiros a emigrar manteve-se estável, sempre acima das 2500 declarações emitidas pela Ordem. Em 2016 e em 2017, registou-se uma redução de mais de mil pedidos. A solicitação de declarações baixou para 1614 e 1286 respetivamente. Em 2018, voltou a crescer (2736), regressando aos valores alcançados entre 2012 e 2015.

Quanto às declarações emitidas já este ano (2020 é um ano atípico fruto da pandemia de covid-19), a Ordem dos Enfermeiros ainda não tem a contabilização concluída.

Fonte : Jornal de Notícias

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