Autoridades timorenses pedem à população que respeite confinamento

“A resolução do Governo obriga todos os habitantes da cidade de Díli ao confinamento domiciliário geral. Isso significa: fiquem em casa, não saiam”, disse hoje Rui Araújo, coordenador da equipa para a Prevenção e Mitigação da Covid-19 da Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).

“Saiam apenas de casa se for mesmo necessário por questões de saúde, de alimentação ou se precisarem de acorrer a serviços essenciais”, reiterou.

Em conferência de imprensa, Rui Araújo explicou ainda que com base em despachos do Governo, cidadãos ou empresas que precisem de usar os corredores de entrada ou saída na capital, para questões essenciais, como fornecimento de bens alimentares, devem solicitar autorização ao responsável do CIGC.

“Abrimos hoje corredores de abastecimento de entrada e de saída de Díli. O pedido de autorização para utilizar esses corredores deve ser feito ao diretor do CIGC, brigadeiro-general João Miranda ‘Aluk’.

Os alertas surgem perante o aumento de casos da Covid-19, que voltaram hoje a subir para o máximo de sempre desde o início da pandemia.

Hoje, Rui Araújo anunciou seis novos casos da covid-19 em Díli – elevando para 53 os detetados esta semana na capital – e mais dois na segunda cidade do país, Baucau, elevando para 82 o total de ativos no país (houve dois pacientes recuperados).

Díli continua assim com 14 focos identificados de doença, associados a aldeias e bairros bem como a instituições públicas da cidade.

O país está em confinamento obrigatório até pelo menos segunda-feira, devendo esse período ser alargado numa reunião do Conselho de Ministros extraordinária marcada para segunda-feira.

Há ainda uma cerca sanitária em vigor no posto administrativo de Fatumean, no município de Covalima (junto à fronteira com a Indonésia) onde houve dois surtos da doença, sem novos casos positivos nos últimos dias.

Desde o início da pandemia, Timor-Leste registou 178 casos, uma grande fatia desde dezembro, com 94 pacientes recuperados, sendo que quase todos os infetados estavam assintomáticos e os restantes com sintomas ligeiros.

O país realizou quase 24 mil testes desde o início da pandemia, com mais de 500 ainda por analisar.

Lusa/HN