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Investigador defende uso obrigatório de máscara no primeiro ciclo

Reportando ao dia 22 de novembro, o investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa adiantou que a taxa de incidência no grupo dos 6 aos 11 anos se situa nos 560 casos por 100 mil habitantes.

“Os casos estão a crescer 6% a 8% ao dia, ou seja, no dia 02 de dezembro já estarão acima dos 1.000 casos por 100 mil habitantes”, disse o matemático, que falava à agência Lusa a propósito das medidas anunciadas na quinta-feira pelo Governo para travar a pandemia.

Os dados mostram que já foi ultrapassada a “linha vermelha” que existia para os municípios, que tinham como matriz de risco os 480 casos por 100 mil habitantes.

“Agora nem sequer foi definido uma linha vermelha de incidência”, lamentou o investigador.

Comentou que, “olhando friamente” para as medidas anunciadas, não vê nenhuma que “vai resolver o problema da transmissão dentro da faixa etária dos 6 aos 11”.

“A máscara passou a ser obrigatória, mas ninguém perguntou [ao primeiro-ministro], nem foi esclarecido se no primeiro ciclo passa a ser obrigatória ou não e é um ciclo que nos preocupa porque a taxa de incidência está a aumentar brutalmente [neste grupo de crianças]”, afirmou.

Carlos Antunes observou que se Portugal avançar com a decisão de vacinar as crianças dos 5 aos 9 anos isso só acontecerá em janeiro e os efeitos só se irão observar-se em fevereiro.

Portanto, “é expectável” que a taxa de incidência dentro desta faixa etária continue a subir e as crianças infetem os pais, os professores, os funcionários, porque “o vírus vai continuar a circular com a mesma força dentro deste grupo”.

Nesse sentido, defendeu ser que o Governo esclareça se a máscara passa a ser obrigatória no primeiro ciclo.

Se isso não acontecer, insistiu, “temos aqui um problema, mas acredito que os pais por uma questão de prevenção facultem máscaras aos miúdos” para usarem na escola.

“Claro que vão vir os psicólogos, os professores, médicos a dizer que as crianças não podem [andar de máscara]. Tudo bem, mas assumam a responsabilidade”, defendeu.

As crianças não vivem “em bolha”, uns transmitem aos outros, e levam para casa e transmitem aos irmãos e “mais tarde ou mais cedo chegam aos avós”, disse, alertando para o que pode acontecer no Natal.

“Portanto, é muito importante alertar as pessoas e os pais que têm crianças destas idades, para fazerem um esforço redobrado e evitar o contacto entre as crianças e os avós”, rematou Carlos Antunes.

A Covid-19 já matou em Portugal, desde março de 2020, 18.393 pessoas e foram contabilizados 1.136.446 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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