Três sindicatos de enfermeiros ameaçam convocar uma greve geral, prolongada no tempo, caso o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, não convoque reuniões negociais até ao dia 4 de julho.
O prazo foi definido em articulação pelo Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem e Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos e consta de um comunicado enviado esta quinta-feira à Imprensa pelo SE. A organização garante ter mantido sempre a “porta aberta ao diálogo” nos últimos meses mas defende que “há limites” e que não podem ficar “indefinidamente” à espera de Manuel Pizarro.
De acordo com o comunicado, o repto para novas reuniões com vista à valorização da carreira foi lançado à margem da II Convenção Internacional dos Enfermeiros, organizada pela Ordem, em maio, na Figueira da Foz. O ministro ter-se-á comprometido com reuniões em junho, mas até esta quinta-feira nenhuma convocatória foi recebida pelos sindicatos, apesar de terem sido enviados “vários ofícios” ao Governo, até agora sem qualquer resposta.
“Há, entre os enfermeiros portugueses, um crescente sentimento de revolta, uma vez que vemos cada vez mais esfumar-se a oportunidade de valorização da nossa carreira, uma reivindicação que entendemos ser mais que merecida”, defende o presidente do SE, Pedro Costa, citado no comunicado. Além disso, frisa o dirigente, os enfermeiros “esperam desde 2017 que seja concluído o primeiro Acordo Coletivo de Trabalho para a classe”.
No comunicado, o sindicato apela ainda a que no Orçamento do Estado para 2024 estejam previstas verbas suficientes para aumentar os salários dos enfermeiros.
Recorde-se que decorrem reuniões negociais com os médicos, mas a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) tem já um pre-aviso de greve agendado para os dias 5 e 6 de julho.
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