Novo mamógrafo do Hospital de Viana do Castelo começa a funcionar na quinta-feira
Em maio, a LAHV chegou a “acordo com a empresa fornecedora do aparelho para pagar um montante total de 92.500 euros”, divididos em três pagamentos: “25% com a encomenda, mais 25% quando o mamógrafo estiver instalado e a funcionar, e os restantes 50% até final de novembro”, indicou Defensor de Moura.
Nessa altura, a LAHVC já tinha recolhido “donativos suficientes para pagar 50% do custo do aparelho”.
O novo equipamento vem substituir um existente na unidade, que “avaria com frequência”, causando “adiamentos de mamografias e de intervenções cirúrgicas programadas, com nefastas consequências para o equilíbrio psicológico das doentes”.
O novo aparelho de mamografia digital, com estereotaxia, “evitará que, todos os anos, mais de 100 mulheres tenham de se deslocar a hospitais ou centro privados no Porto para a realização de biopsias e colocação do arpão de localização pré-operatória dos tumores da mama”.
A Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) é constituída por dois hospitais, o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.
Defensor Moura realçou que a verba até agora recolhida resultou de “doações de muitas dezenas de beneméritos, cidadãos, empresas e até uma instituição bancária, com montantes que variam desde alguns euros a alguns milhares de euros”.
Defensor Moura reforçou que a campanha de angariação de fundos continua a decorrer para recolher o montante necessário ao pagamento integral do equipamento.
O médico salientou que “Portugal está entre os países que têm mais elevadas taxas de sobrevivência na Europa e, em Viana do Castelo, as mulheres têm a mesma elevada expectativa de sobreviver ao cancro da mama”.
“Para atingir esse objetivo, as mulheres vianenses sofrem muito mais incómodos durante as frequentes viagens que têm de fazer ao Porto e a Braga, muitas vezes com enorme sofrimento físico e psicológico”, especificou.
Para Defensor Moura, “algumas dessas viagens são inevitáveis, como por exemplo para efetuarem radioterapia, pelo facto de o distrito não atingir, atualmente, o número de habitantes requerido para a instalação desse meio de tratamento”.
Constituída há 38 anos, a Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo já ofereceu “múltiplos equipamentos técnicos aos serviços de urgência, de cirurgia, medicina, cardiologia, pneumologia, obstetrícia, pediatria e imuno-hemoterapia”.
A Liga, formalmente constituída em 1981, tem na promoção da dádiva de sangue e no apoio direto aos doentes as suas principais áreas de atividade.
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