Unidade de Saúde de Miranda do Corvo encerrada por falta de administrativos
A acessibilidade aos cuidados de saúde “tem vindo a degradar-se, privando a população de cuidados imprescindíveis e muitas das vezes inadiáveis e obrigando os utentes a terem de recorrer ao Serviço de Urgência do CHUC [Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a 30 quilómetros, num trajeto superior a 30 minutos] ou entidades privadas, isto se os utentes tiverem capacidade económica”, frisou à agência Lusa José Taborda, representante do município no Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte.
“A falta de recursos humanos já conduziu a diversas manifestações. Uma vez por falta de médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e hoje devido à falta de assistentes administrativos, o que levou ao encerramento total do centro de saúde”, salientou.
Para o profissional de enfermagem, os utentes estão “perante uma instabilidade permanente na unidade de saúde, que é péssimo para todos os intervenientes, utentes e profissionais de saúde”.
José Taborda disse ainda que esta situação “vai conduzir a um aumento do tempo de espera para uma consulta médica e de enfermagem”.
Numa mensagem partilhada nas redes sociais, o Movimento de Utentes do Centro de Saúde de Miranda do Corvo apela a toda a população que esteja presente na quinta-feira “em massa” na reunião da Assembleia Municipal, a partir das 18:00, “como forma de protesto e pressionar quem de direito”.
Já em outubro, o Movimento de Utentes do Centro de Saúde de Miranda do Corvo denunciou a falta de assistentes operacionais nos serviços em funcionamento no concelho, o que levou à suspensão dos serviços de enfermagem ao domicílio e teve também implicações na limpeza dos espaços.
O movimento denunciou também, na altura, a inexistência de telefonista há mais de um ano, provocando muitos constrangimentos aos utentes.
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