Única suspeita libertada. Envenenamento de cinco bebés em maternidade na Alemanha continua sem respostas
Os bebés, de entre um dia e cinco semanas, sobreviveram à intoxicação voluntária que ocorreu no dia 20 de dezembro em uma maternidade de Ulm, no sul da Alemanha. Aparentemente, os bebés não terão sequelas, segundo o hospital. A incerteza é total sobre o culpado e suas motivações.
O caso parecia ter sido esclarecido na semana passada, quando a Procuradoria da República anunciou a prisão preventiva de uma jovem enfermeira após a descoberta no seu armário pessoal de uma seringa oral com leite materno e, segundo a polícia, morfina.
Mas a jovem foi libertada na segunda-feira sem acusação, depois de passar quatro dias na prisão, anunciou a Justiça. “A análise completa do conteúdo desta seringa não confirmou a suspeita” da presença de morfina, informou a Procuradoria em comunicado.
A detenção da enfermeira, cuja identidade não foi comunicada, chocou a Alemanha na semana passada.
Nos últimos anos, a Alemanha foi abalada por vários escândalos em hospitais. O mais conhecido é o de Niels Högel, um ex-enfermeiro que foi sentenciado em junho a prisão perpétua pelo assassinato de pelo menos 85 pacientes em dois hospitais no noroeste da Alemanha.
Pedido de desculpas
A Justiça alemã teve que apresentar etsa terça-feira um pedido de desculpas à enfermeira no caso de Ulm. “Sinto muito”, disse o procurador, Christof Lehr. “Foi um erro”, reconheceu o chefe da polícia local, Ralf Michelfelder.
Pior ainda: o laboratório que realizou a primeira análise constatou que o seu próprio solvente usado nos testes foi responsável pelo erro. Estava contaminado por uma pequena quantidade de morfina.
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