COVID-19: Enfermeiros açorianos alertam para cansaço em caso de segunda vaga
“Quando nós precisámos de aumentar as equipas, nos não tínhamos enfermeiros para as aumentar. Tivemos de pôr enfermeiros a fazer turnos de 12 horas 15 dias seguidos. Eu tenho enfermeiros que fizeram 15 noites de seguida”, destacou.
Pedro Soares identificou “três grandes áreas” que são a “grande problemáticas” dos enfermeiros açorianos, que devem resolvidas o “quanto antes”.
Entres elas estão os “reposicionamentos” ao nível da carreira de enfermagem, o reconhecimento da profissão como de risco e a dotação do número de enfermeiros para o número de doentes.
“O correto número de enfermeiros já está legislado, mas agora a sua aplicação tem de ser revista rapidamente, corrigindo algumas situações do número de enfermeiros para o número de doentes em muitos dos serviços da nossa região”, afirmou.
O enfermeiro considerou também que o Serviço Regional de Saúde tem capacidade para “absorver” todos os 60 a 90 novos enfermeiros que saem da Universidade dos Açores anualmente.
Por sua vez, o líder do PSD/Açores referiu que é necessário apostar na “valorização da carreira” e na “compreensão” da profissão de enfermeiro, salientando que os decisores políticos não podem ficar “apenas no aplauso”, referindo-se aos aplausos das populações no reconhecimento aos profissionais de saúde.
“É preciso associar a gratidão ao reconhecimento e o reconhecimento não pode ficar feito apenas no aplauso”, disse.
Os Açores não registaram nas últimas 24 horas novos infetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 e a região “não apresenta neste momento qualquer caso positivo ativo de infeção”, segundo a Autoridade de Saúde regional.
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