Boris Johnson pode ser derrubado pela “conspiração da empada de porco”. Saiba do que se trata
O cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, de Boris Johnson, pode estar em risco depois de deputados conservadores revoltados se terem reunido para planear a sua queda, avança o jornal ‘The Mirror’.
Segundo a mesma publicação, mais de 20 deputados conservadores que foram eleitos nas eleições de 2019 reuniram-se em Westminster para conspirar sobre o futuro do primeiro-ministro.
Em causa, está aquilo a que um dos ministros chamou de “conspiração da empada de porco”, porque a reunião terá sido realizada no gabinete da deputada Alicia Kearns, que é de Rutland e Melton, região famosa precisamente pelas empadas de porco.
Outro ministro do Gabinete classificou o encontro dos deputados de “Muro Vermelho” composto por “um monte de malditos que não são ninguém” em comentários destinados a agravar ainda mais as relações.
Adicionalmente, adianta o jornal, numa outra tentativa de “tramar” Johnson, a procuradora de Whitehall, Sue Gray, vai inquirir o ex-acessor, Dominic Cummings, antes de apresentar as suas conclusões sobre as festas de Downing Street. “A Sue quer que o inquérito seja o mais robusto possível”, disse fonte do governo.
Recorde-se que o primeiro-ministro britânico tem estado envolvido em polémicas, por causa de festas nos jardins de Downing Street, realizadas numa altura em que o Reino Unido estava sob fortes restrições, devido à evolução da pandemia.
Em declarações na terça-feira, Johnson, negou “categoricamente” ter sido avisado de que ao frequentar esses eventos arriscava quebrar as regras de bloqueio.
Dominic Cummings disse que alertou Johnson na altura, acusando-o de enganar os deputados a esse respeito, mas o primeiro-ministro negou. “Ninguém me avisou que era contra as regras”, disse citado pela ‘BBC’, acrescentando: “Eu lembrar-me-ia.
Questionado sobre se renunciaria ao cargo, caso se confirmasse que tinha enganado os deputados, Johnson remeteu esclarecimentos adicionais para a investigação: “Vamos ver o que diz o relatório”, sublinhou.
O responsável repetiu o pedido de desculpas que fez aos deputados na semana passada pelos “erros” cometidos. “Como eu disse, quando saí para aquele jardim pensei que estava a participar num evento de trabalho”, disse.
“O que me lembro é de sair para aquele jardim por um curto período de tempo, cerca de 25 minutos, e de agradecer aos funcionários que trabalharam durante a Covid-19, que continuaram a trabalhar e depois voltaram ao escritório”, afirmou.
O governante disse também que “se voltasse a fazê-lo não teria permitido que as coisas se desenvolvessem desta maneira”.
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