Uso de medicação para dormir associado a mais medicação anti-hipertensiva
O uso regular de medicamentos para ajudar a dormir por adultos hipertensos poderá estar associado a um aumento da medicação para regular a tensão arterial, sugeriu um estudo recente.
O estudo, que foi conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade Autónoma de Madrid, Espanha, contou com a participação de 752 adultos com 60 anos ou mais de idade e que estavam a receber tratamento para a hipertensão.
No início do estudo a equipa anotou, através de relatos dos participantes, a duração do sono, qualidade do mesmo (por exemplo, se tinham dificuldades em adormecer ou em permanecerem a dormir), e o uso de medicação para ajudar a dormir.
Foram ainda calculadas as alterações na quantidade de medicamentos anti-hipertensivos durante os períodos de acompanhamento dos participantes, que tiveram lugar entre 2008-2010 e 2012-2013.
Foi observado que nos 752 participantes, a duração de sono mediana era de 6,9 horas por dia, 37% apresentavam uma má qualidade de sono, sendo que 16,5% consumiam fármacos para ajudar a dormir.
Durante os períodos de acompanhamento, 156 (20,7%) dos pacientes sofreram aumentos no número de fármacos anti-hipertensivos tomados.
Não foi encontrada qualquer associação entre a duração ou a qualidade do sono e a alteração observada no uso dos fármacos anti-hipertensivos. O uso habitual dos fármacos para dormir foi associado a um maior risco de aumento (e não decréscimo ou manutenção) do número de fármacos anti-hipertensivos.
Embora sejam necessários estudos mais aprofundados sobre o tema, os achados sugerem que o uso de medicação para dormir poderá ser um indicador da necessidade futura do aumento de tratamento para a hipertensão e também para analisar problemas de sono subjacentes ou estilos de vida pouco saudáveis que possam contribuir para a hipertensão.
Fonte: Univadis
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