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Sindicato diz que a falta de profissionais e de organização agravam dificuldades nas urgências

Os sindicatos dos médicos e enfermeiros atribuem as dificuldades que se vivem em algumas urgências hospitalares à falta de organização e a algumas políticas desenvolvidas no setor, como a diminuição de profissionais e de camas nos hospitais.

Para o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, o problema não são as falsas urgências, até porque estas “não devem ser assim apelidadas”.

“Ninguém vai de ânimo leve a um hospital para tratar um problema de saúde”, disse, considerando que estas idas se devem a “falta de alternativas”.

Para a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, muitos dos casos que são atendidos nas urgências hospitalares só são ali tratados porque encerraram extensões de centros de saúde.

Mais do que o fecho destas extensões, foi a diminuição de profissionais nesses centros de saúde, que impediu o tratamento dessas pessoas mais perto das suas casas.

Guadalupe Simões atribui ainda à diminuição do número de camas nos hospitais o congestionamento que se vive em algumas instituições, acrescentando que “não existe qualquer fundamento para a criação de centros hospitalares”, a qual se traduziu em menos camas.

“Não houve outra estratégia, à exceção da questão economicista”, disse.

Para a dirigente sindical, o problema agrava-se em épocas com maior afluência de doentes, já que as camas entretanto desativadas não são reabertas.

Guadalupe Simões alerta ainda para o estado de exaustão em que se encontram os profissionais de saúde, que em muitos casos “trabalham em condições terceiro-mundistas”.

Roque da Cunha atribui a situação que se vive em algumas urgências a uma má organização e à falta de profissionais.

O médico defende a existência de “equipas coesas e adequadamente constituídas”, uma solução que “é muito melhor, até financeiramente, do que a contratação de empresas de prestação de serviços”.

Segundo este sindicalista, cabe aos conselhos de administração “organizar as escalas anuais” e levar em conta “os aumentos de procura esperados”.

“Os planos de contingência não devem ser a situação normal”, adiantou.

Roque da Cunha alertou para as consequências de uma sobrecarga do trabalho dos médicos, nomeadamente “uma maior possibilidade de erro”.

Por isso, defendeu “uma investigação com todo o detalhe” aos casos em que dois doentes morreram, um no Hospital de São José, em Lisboa, e outro no Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, após horas à espera nas urgências.

“Estas situações têm de ser investigadas com todo o detalhe, saber o que aconteceu, qual a responsabilidade”, declarou.

Fonte: Porto Canal

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