De pano, cirúrgicas ou N95: Quais são as máscaras mais seguras para evitar a Ómicron?

Um gráfico do jornal americano ‘The Wall Street Journal’ tornou-se viral na redes sociais depois de indicar quanto tempo leva a uma pessoa ser infetada com a Covid-19 se estiver com um tipo específico de máscara a falar com alguém também a usar um tipo específico de máscara (ou nenhuma em absoluto), salientando que as máscaras de tecido podem não impedir a propagação da variante Ómicron.

São usados exemplos de pessoas sem máscara, com máscara de pano, máscaras cirúrgicas e máscaras N95 com outras pessoas que usam o mesmo tipo de máscara – o gráfico mostra que usar uma máscara N95 oferece a maior proteção. Na verdade, poderá estar protegido em até 2h30 se usar uma máscara N95 e estivesse a falar com alguém sem máscara.

No entanto, o gráfico – que usa dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) – é um sinal claro de que as máscaras de pano são menos eficazes do que antes. Asha Shajahan, diretor médico de Saúde Comunitária de Beaumont Grosse Pointe em Detroit, apontou que as máscaras de tecido não impedem a variante Ómicron. “Irá querer ter certeza de que é pelo menos uma máscara cirúrgica de três camadas ou um N-95 ou superior”, garantiu. “Queremos ter certeza de que não é uma máscara de pano. Uma máscara de pano não oferece a proteção de que você precisa.”

O gráfico do WSJ mostra que há pouca proteção por longos períodos de tempo. William Schaffner, professor de política de saúde e doenças infeciosas da Escola de Medicina da Universidade de Vanderbilt, referiu que a Ómicron produz mais do vírus, tornando difícil para as pessoas permanecerem seguras. “A Ómicron produz mais vírus, até do que a Delta”, referiu. “Assim, a capacidade das máscaras de interromper ou reduzir a transmissão para frente e para trás também é reduzida.”

This graphic from the @WSJ is incredibly helpful pic.twitter.com/kQ1YyjOsg7

— Seung Min Kim (@seungminkim) January 5, 2022