EUA aprovam teste de detecção de varíola símia, diz gigante suíça Roche

A agência farmacêutica dos Estados Unidos aprovou um teste da gigante farmacêutica suíça Roche que pode detectar a varíola símia, informou a empresa na quarta-feira.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) concedeu luz verde para autorização de uso emergencial, disse a Roche em comunicado, o que possibilita acelerar a venda de medicamentos ou testes para detecção.

A Roche, que também foi rápida na produção de testes de PCR para o coronavírus, foi uma das primeiras a desenvolver testes para detectar a varíola dos macacos.

O teste da empresa tem como alvo duas regiões diferentes do genoma do vírus que têm menos probabilidade de sofrer mutação, de modo que ainda pode detectar o vírus da varíola dos macacos se sofrer mutação, disse a Roche.

O teste ajudará os indivíduos a evitar “testes adicionais desnecessários ou isolamento” e garantirá que as pessoas tenham “acesso ao tratamento adequado o mais rápido possível”, acrescentou.

A empresa enfatizou, no entanto, que o vírus não pode ser “diagnosticado de forma conclusiva” apenas pelos sintomas.

Os sintomas da varíola dos macacos incluem febre, dores musculares e grandes lesões cutâneas semelhantes a furúnculos.

Desde que a varíola símia repentinamente começou a se espalhar para além dos países da África Ocidental, onde há muito é endêmica, há seis meses, ela matou 36 pessoas em mais de 77.000 casos em 109 países, de acordo com uma contagem da OMS.

O surto fora da África Ocidental afetou principalmente homens jovens que fazem sexo com homens.

Mas desde o pico em julho, o número de pessoas infectadas caiu consistentemente, principalmente na Europa e na América do Norte, as áreas mais atingidas nos estágios iniciais do surto global.

© 2022 AFP