Saúde e bem-estar

Nova estratégia para combater obesidade e diabetes

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma estratégia inovadora para combater a obesidade e diabetes tipo 2, ao estabelecer as relações da irrigação do tecido adiposo com a obesidade “não saudável” e aquele tipo de diabetes.

Uma equipa de investigadores dos institutos de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI) e de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra (UC) avaliou, pela primeira vez, “ in vivo a eficácia da ressonância magnética no estudo dos efeitos da glicação na irrigação e na expansão do tecido adiposo e suas consequências locais e sistémicas”, referiu a UC em comunicado ao qual a agência Lusa teve acesso.

“A formação de produtos de glicação avançada ocorre na diabetes mellitus, em relação com o aumento da glicose no sangue, mas também pode ser consequência da ingestão destes produtos”, presentes nomeadamente na chamada “dieta de cafetaria”, como, por exemplo, “alimentos processados, ricos em açúcares e sujeitos a temperaturas elevadas como os fritos”.

O tecido adiposo tem “a capacidade de armazenar o excesso de energia ingerida, expandindo-se de forma quase ilimitada, e impedir a acumulação nociva de gordura noutros locais como o fígado”.

Os investigadores decidiram analisar “a relação entre a irrigação do tecido adiposo e a acumulação de produtos de glicação avançada, e o envolvimento deste processo no desenvolvimento da obesidade ‘não saudável’, colocando a hipótese de os produtos glicados alterarem a microcirculação do tecido adiposo e a sua expansão adequada, comprometendo desta forma a sua função”, refere a nota da UC.

As experiências realizadas em ratinhos permitiram concluir que “a acumulação de produtos glicados provoca diminuição da irrigação do tecido adiposo” e que “a dieta gorda, isoladamente, induz expansão do tecido adiposo”, mas “é a associação da glicação e da dieta gorda que altera a função do tecido adiposo conduzindo a insulino-resistência local e sistémica”.

De acordo com o estudo, “na expansão do tecido adiposo que ocorre na obesidade, mais do que a hipertrofia (aumento de volume) das células adiposas, anteriormente associada aos distúrbios da função deste tecido, são as alterações microvasculares e da irrigação do tecido adiposo”.

As alterações causadas pela glicação “levam à perda da sua função com consequências locais e metabólicas sistémicas, como aumento dos níveis sanguíneos de glicose e lípidos”.

De acordo com a coordenadora da investigação, Raquel Seiça Desta, a acumulação de produtos glicados poderá estar envolvida no desenvolvimento da obesidade “não saudável”, fortemente associada à pré-diabetes e à progressão para diabetes tipo 2.

Os resultados sugerem ainda que a ressonância magnética pode ser uma técnica promissora na deteção e prevenção destas alterações.

A catedrática da Faculdade de Medicina da UC refere que, deste modo, poderá ser possível desenvolver “estratégias terapêuticas que melhorem a função microvascular do tecido adiposo e previnam a obesidade ‘não saudável’ e as suas complicações como a diabetes tipo 2”.

Fonte: Univadis

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