Saúde perto de “ponto de não retorno” tem de ser prioridade da legislatura, avisa cirurgião José Fragata
Num discurso na Convenção Nacional de Saúde, que decorre hoje em Lisboa, o médico e vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa aludiu à “diáspora médica” e à saída do serviço público de saúde de muitos profissionais, também enfermeiros.
Lembrando que desde 2014 saíram do país mais de dois mil médicos, José Fragata salientou que muitos dos profissionais que saem de Portugal ou do sistema público já não regressam mais.
“É preciso atuar agora. Só um maior investimento já não é suficiente. Começam a faltar-nos pessoas”, alertou.
José Fragata lamentou que o nível de financiamento público da saúde seja “semelhante ao do México”, um país “que não prima por ter um bom sistema de saúde”.
“O subfinanciamento do SNS pode conduzir ao que se passou com o cavalo do escocês, que foi sendo alimentado cada vez com menos e com ração que o escocês ia cativando. Quando já estava acostumado, morreu”, metaforizou o médico cirurgião.
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