Saúde e bem-estar

Estudo: Cientistas acreditam estar perto de encontrar a cura para vício em cocaína

A cura para a dependência da cocaína pode estar próxima, segundo uma equipa de investigadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. De acordo com os cientistas, superar o vício e prevenir overdoses pode passar por um implante de células estaminais que liberta poderosas enzimas e torna o paciente imune à substância, mesmo em quantidades normalmente letais.

Divulgada na publicação científica Nature Biomedical Engineering, o tratamento consiste no implante de células estaminais geneticamente programadas para libertar enzimas BChE (butirilcolinesterase) que têm a capacidade de remover as drogas de classe A (consideradas as mais perigosas para a saúde) da corrente sanguínea.

Apesar da capacidade das enzimas BChE de eliminarem a cocaína do sistema, a ação desta enzima é demorada e não permanece tempo suficiente na corrente sanguínea para ajudar aqueles que estão viciados na substância.

Os cientistas alteraram, por isso, o ADN da enzima para a tornar 4.400 vezes mais potente que a BChE natural. Com a capacidade de permanecer no sistema até 10 semanas e com implantes que podem libertar a substância durante 20 a 30 anos, a equipa acredita que esta descoberta representa uma esperança no tratamento a longo prazo da dependência.

De acordo com os testes realizados em laboratório, os ratos que foram implantados perdiam o apetite por cocaína e conseguiam sobreviver a altas dosagens que mataram todos os ratos sem o implante. O documento explica ainda que os animais implantados são imunes a dosagens de até 150 miligramas por quilograma, o que seria equivalente à resistência a uma overdose de 12 gramas numa pessoa com 75 quilos (que, em condições normais, seria letal). Desta forma, esta terapia torna organismos viciados imunes à substância de que são dependentes.

«Não temos observado efeitos secundários óbvio, mas vamos estudá-los com cuidado», afirmou Ming Xu, líder da equipa de investigação, que garantiu estar pronta para testar em seres humanos.

«Comparativamente a outras terapias genéticas, a nossa abordagem é minimamente invasiva, funciona a longo prazo, requer pouca manutenção e tem um custo razoável. É muito promissora», sublinhou Ming Xu ao jornal “Observador”.

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Fonte
NetFarma

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