Milhões de mortes cardiovasculares por baixo consumo de fruta e legumes
O consumo desadequado de fruta e produtos hortícolas poderá contribuir para milhões de mortes anuais globalmente por acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardíacas, demonstrou um estudo.
Segundo ainda o estudo liderado por Victoria Miller da Universidade Tuffs, EUA, foi estimado que uma em cada sete mortes cardiovasculares poderão ser atribuídas ao baixo consumo de fruta, e uma em cada 12 ao consumo insuficiente de vegetais.
A equipa de Victoria Miller definiu, com base em diretrizes nutricionais, o consumo ideal de fruta como sendo de 300 gramas diários, o que equivale a duas maçãs pequenas. O consumo ideal de produtos hortícolas é de 400 gramas diários, o que corresponde a três chávenas de cenouras cruas.
Os consumos médios nacionais de fruta e legumes foram recolhidos através de sondagens e dados sobre a alimentação representativos de 113 países, o que cobre cerca de 82% da população mundial.
A informação recolhida foi depois combinada com dados sobre as causas de morte em cada país e dados sobre o risco cardiovascular associado a um consumo desadequado de fruta e produtos hortícolas.
A equipa apurou que o consumo desadequado de fruta resultou em 1,8 milhões de mortes cardiovasculares só em 2010, enquanto o consumo insuficiente de produtos hortícolas causou um milhão de mortes. Foi apurado que globalmente, o consumo desadequado de fruta foi quase o dobro do de vegetais.
Os impactos foram mais pronunciados em países que apresentavam os consumos médios de fruta e legumes mais reduzidos.
“As prioridades globais de nutrição têm-se concentrado, tradicionalmente, em fornecer calorias suficientes, na suplementação de vitaminas e em reduzir os aditivos como sal e açúcar”, disse Dariush Mozaffarian, autor sénior do estudo.
“Estes achados indicam uma necessidade de expandir o enfoque para aumentar a disponibilidade e consumo de alimentos protetores como frutas, legumes e leguminosas – uma mensagem positiva com um enorme potencial de melhorar a saúde global”, recomendou.
Autor
Alert Life Sciences
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